Quarta, 16 Novembro 2011 às 03:36
Este excerto aqui publicado responde a um desafio que me foi lançado, para continuar um texto escrito a várias mãos, cujo conteúdo teria que ser extremamente erótico. Aos interessados em conhecer o desafio completo, poderão solicitar-me que eu facultarei o link com a devida autorização da autora... Mais informo que a conclusão irá ser dada por um autor masculino... Abram a mente e gozem a leitura... 
... O meu nome é Prazer e o teu é Luxúria e andamos neste "namoro" que
nos conduziu aqui há nove semanas e meia, mas hoje não me escapas, hoje faço-te
minha!...
De olhos fixos de uma na outra, disparando chamas de desejo,
aproximo-me lentamente de ti.
Levo as mãos ao teu cabelo apanhado, e solto-o
deixando-o cair por entre os meus dedos que se demoram a brincar com uma ponta,
enquanto trocamos olhares lânguidos que nos percorrem os corpos de alto a baixo.
Só as nossas mãos se tocam, de dedos entrelaçados enquanto nos miramos
gulosas, provocadoras, qual dança de acasalamento, ao som da música suave que
trouxemos e escolhemos criteriosamente para esta ocasião tão especial.
Dançando, encostamos pele contra pele, corpo contra corpo, rosto contra
rosto, lábios contra lábios, beijos que trocamos de línguas entrelaçadas, dentes
que mordem, lábios apertados, língua que brinca enquanto ronrono no teu ouvido,
beijos suaves percorrendo cada centímetro de pele.
A nossa sede é louca, a
nossa ânsia um mar revolto...
Sinto o latejar do teu coração batendo
compassadamente com o meu, enquanto respiramos acelerada e sonoramente,
sobrepondo-se os nossos sons guturais à música de fundo.
Pendes a cabeça
ligeiramente para trás, enquanto percorro os teus contornos com as costas da
palma da mão levantada, descendo muito lentamente do teu pescoço ao teu peito,
passando pelo meio dos teus seios de bicos erectos que tanto quero passar a
língua, para os morder suavemente, passando ao estômago, demorando no umbigo,
passeando no teu monte de vénus...
Ambas trememos de excitação,
descontroladamente, mas temo que as tuas pernas te falhem, por isso empurro-te
delicadamente em direcção à cama que chama por nós.
Sento-te na cama, e
deixas-te cair para trás, apoiando-te nos cotovelos para te puxares para trás,
enquanto eu apoio os meus braços, seguidos dos meus joelhos, gatinhando como uma
fera sobre a cama, sobre ti, atrás de ti, mantendo a mesma distância curta de
rostos, de proximidade de olhares, de pupilas apertadinhas de lascívia ...
Sinto o teu vacilar, enquanto timidamente murmuras: " - Eu não sei o que
fazer..."
Sorrio-te provocadoramente, enquanto coloco um dedo em frente aos
lábios acompanhado de um terno "Shhhhhuuuu!!!...".
Levanto-me deixando-te
apenas para pegar numa echarpe de seda e regressar à mesma posição, de gatas
sobre ti...
"- Não tenhas medo... Só tens que te guiar pelos teus sentidos
na tua entrega..." - digo piscando-te o olho, mesmo antes de te tapar os olhos
com a echarpe, prendendo-a por trás da tua nuca, tirando-te a visão.
De novo
me levanto, desta feita para trazer um cubo de gelo do frigorífico...
Passo-o serpenteando pela tua pele, e sigo o rasto molhado que deixa com a
minha língua, sorvendo cada gota de água misturada com a minha saliva, enquanto
estremeces e te torces em gritinhos suaves, tenho mesmo que fazer um esforço
para me controlar e não gozar já, ali, só por te ver vibrar daquela forma...
Passo o gelo também pelo meu corpo, demorando nos seios, rijos, levando os
meus bicos a pingar à tua boca, enquanto gemes sugando-os...
Deslizo o meu
corpo no teu, ondulando suavemente, permitindo que te entrelaces com as pernas
pela minha cintura...
Já não distingo a humidade do gelo derretido, das
cutículas de suor dos nossos corpos provocadas pela subida escaldante da
temperatura, ou da viscosidade deliciosa que nos escorre abundantemente por
entre pernas, enquanto te invado com os meus dedos, sentido e estimulando a tua
rugosidade intumescida, dedilhando-te ritmadamente como a um instrumento de
prazer, enquanto cravas uma mão na almofada e a outra levas à boca para abafar
um grito...
Paro momentaneamente, para te retirar a venda dos olhos, e nos
permitir que recuperemos os fôlegos.
Sorrindo e voltando a piscar-te o olho,
falo-te:
"- Quero que vejas..."
Coloco-me então ao fundo da cama,
apoiada de barriga para baixo, de frente para ti, abrindo para mim as tuas
pernas ligeiramente dobradas, e volto a sorrir-te enquanto não perco pitada da
tua reacção.
Levo finalmente a minha boca à fonte do meu desejo, enquanto me
presenteias com um "- Só se me deixares retribuir..."
por mulher-loba
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